Novos donos da ea podem ameaçar diversidade em the sims, diz diretor
A possível aquisição da Electronic Arts por um grupo de investidores liderado pela Arábia Saudita levanta preocupações sobre o futuro de The Sims, especialmente em relação à sua abordagem inclusiva e diversificada. Charles London, ex-diretor criativo da franquia, expressou o temor de que elementos centrais do jogo, como a representação de relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo e a diversidade, possam ser comprometidos pelas políticas do país.
Em entrevista, London destacou que The Sims se distingue por seu apelo universal, acolhendo jogadores de diferentes sexualidades, idades, gêneros e origens. Ele ressalta que a inclusão de relacionamentos homoafetivos foi uma decisão natural, visando replicar a diversidade da natureza humana, e não uma imposição ideológica.
A preocupação central reside no potencial impacto da cultura saudita na liberdade criativa do jogo. A Arábia Saudita é conhecida por suas restrições aos direitos LGBTQIA+ e por tratar mulheres de forma desigual. London teme que, sob o controle saudita, The Sims seja forçado a se adequar a essas normas, perdendo sua essência de neutralidade e a capacidade de permitir que os jogadores projetem suas próprias histórias e valores.
“The Sims precisa permanecer agnóstico para ser bem-sucedido”, afirmou London, enfatizando a importância de o jogo ser um espaço onde os jogadores possam expressar suas próprias narrativas sem restrições.
Apesar dos receios, a gerência da Electronic Arts declarou que não está preocupada com o futuro de suas franquias. Em documentos regulatórios, os líderes da empresa afirmaram acreditar que manterão a liberdade criativa sob a nova gestão. No entanto, a concretização da aquisição e seus potenciais impactos na essência de The Sims ainda são incertos.

