Rockstar demite funcionários em meio a acusações de repressão sindical

A Rockstar Games, gigante da indústria de jogos, enfrenta acusações de repressão sindical após a demissão de aproximadamente 40 funcionários. A Independent Worker’s Union of Great Britain (IWGB) alega que a empresa tomou medidas drásticas contra trabalhadores que buscavam organizar um sindicato. Segundo a IWGB, os funcionários demitidos faziam parte de um grupo de discussão sobre sindicatos em uma plataforma online e estavam envolvidos em atividades de organização sindical. As demissões teriam ocorrido tanto no Reino Unido quanto no Canadá.

A IWGB classificou a ação como o mais flagrante exemplo de repressão sindical na história do Reino Unido. O presidente da IWGB, Alax Marshall, expressou indignação com a atitude da Rockstar, considerando-a um desprezo pela vida dos trabalhadores e um insulto aos fãs que contribuíram para o sucesso da empresa. A IWGB planeja tomar medidas legais contra a Rockstar, reafirmando que a organização sindical dentro da empresa permanece ativa.

Em resposta às acusações, Alan Lewis, chefe de comunicação global da Take-Two Interactive, empresa controladora da Rockstar Games, declarou que um pequeno número de funcionários foi demitido por “má conduta grave”. A Take-Two Interactive manifestou apoio à decisão da Rockstar.

Publicidade

A crescente prevalência da Inteligência Artificial tem gerado demissões em diversas empresas do setor de jogos, aumentando a importância de sindicatos para a proteção dos direitos dos trabalhadores. A Amazon recentemente anunciou demissões em sua divisão de jogos, e a Massive Entertainment da Ubisoft também dispensou vários desenvolvedores. Em contraste, desenvolvedores da CD Projekt Red formaram um sindicato após uma onda de demissões.

A situação na Rockstar Games levanta preocupações sobre a segurança no emprego na indústria de jogos. A atitude da empresa, sendo uma das maiores do setor, pode gerar um impacto negativo na percepção sobre a estabilidade profissional para desenvolvedores e outros profissionais da área. O caso reacende o debate sobre a importância dos sindicatos na defesa dos direitos dos trabalhadores em um mercado de trabalho cada vez mais volátil e competitivo.